Silent Lucidity: 2008

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Natal

O natal está batendo na porta e aos gritos, dizendo ”Estou aqui, estou aqui! Comprem, suguem e gastem.” E claro, a lógica é seguida a rigor. Enquanto para uns o natal chega cada ano mais cedo, pra mim ele chegou tarde, e que bom! Ainda não consigo aspirar certamente a idéia (que em 2009 já estará sem acento- ideia) de que 2008 está chegando ao fim, juntamente com ele meu aniversário.
Ok. Mas e o natal? Uma data aparentemente tão bonita, em que as pessoas se apresentam dispostas à solidariedade e valorização do amor e da vida, afinal, comemora-se o nascimento de um grande mestre (que segundo a história nasceu em março oO). Contudo, a celebração da vida, ao meu ver, celebra-se com vida, mas vejamos: a ceia. Qual o prato principal? Um peru (ó, sem peru nem parece ceia ¬¬). Este animal é submetido a viver em condições desprezíveis para que no fim do ano possa servir os desejos banais dos humanos. É criado amontoado com outros perus, em pequenos espaços que dificulta a abertura de suas asas e até mesmo seu caminhar. Vivem sobre seus excrementos e urina que produzem amônia (quando respirada repentinamente, produz lacrimação; e, quando inalada em grandes quantidades, pode produzir sufocação).
Quando levadas ao abatedouro, as aves são presas pelos pés a um transportador aéreo e o atordoamento é feito pela aplicação de um choque elétrico na região da cabeça. Após, são levadas para a sangria, realizada através do seccionamento da veia jugular. Passam pelo tanque de escaldagem onde são imersas em um tanque de água quente na primeira etapa de lavagem para remover impurezas e o sangue para facilitar a retirada das penas. A depenagem é realizada por ação mecânica e máquinas próprias, acompanhadas de lavagem através de chuveiros. Os perus são transferidos para outro transportador, onde são pendurados pela cabeça, e passam por processo de escaldagem dos pés.
Animais que sofrem, sentem dor, possuem emoções e sentimentos. É isso que chamam de celebrar a vida? Celebrar a vida com a morte? Com um cadáver de um ser que se quer teve a chance de viver sua vida de forma natural? Um ser que dentro na esfera moral também possui o direito de viver? Isso é celebração?Definitivamente, não.
Celebro a vida com a vida, portanto, neste natal não coma o presépio.




Segue abaixo um texto de autor desconhecido que exprime bem o momento e as idéias.

Neste Natal, saia da rotina


Observe o presépio: tem vaca, cabrito, cordeiro... Todos observando o Menino Jesus. Agora pense na maneira como os Reis Magos celebraram a chegada do Deus Menino. Seus presentes foram ouro, incenso e mirra. Em nenhum momento, os magos, José ou Maria sugeriram assar um peru ou um pernil para comemorar.


E nada está mais distante do sentimento cristão do que os cardápios natalinos. As pessoas se esquecem de que os primeiros adoradores de Jesus foram justamente os animais, e aquiescem na matança desenfreada que ocorre nesta época do ano. Quintuplica-se o abate de perus e outras aves; porcos, cabritos e carneiros também são mortos em proporções absurdas.


As pessoas desejam "paz" em suas mensagens natalinas, mas celebram o nascimento do Menino Jesus com os cadáveres de criaturas inocentes! Esquecem-se talvez dos imensos danos que a indústria da carne acarreta ao meio ambiente ou não consideram válido o argumento de que a carne em suas mesas significa a fome de milhões de pessoas*. Pedem "saúde" no Novo Ano, enquanto abusam de gordura animal. Aos poucos, esta acaba por entupir suas veias e artérias, afetar o seu fígado bem como o equilíbrio de seus corpos e mentes.


* 50% dos grãos produzidos no mundo destinam-se ao fabrico de ração para os animais de engorda. Se esses mesmos grãos fossem utilizados diretamente na alimentação humana, simplesmente não haveria fome no mundo!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Deparei-me com a indagação: “O que farei nessas férias?”. Elas começaram ontem, então, aquele gosto de começo e ao mesmo tempo fim, me fez querer fazer alguma coisa. Ouvir músicas? Faço isso todos os dias, mas estava estacionada na era do Blues. Resolvi vasculhar meus Cd’s antigos que estavam guardadinhos com muito carinho por representarem tantas épocas da minha vida. Ouvindo, ouvindo, ouvindo... Voltei ao passado, cada música me remetia à um momento diferente. Como ouvir Theatre of Tragedy era bom ( Ainda é!!)... Como eu ria com a Tuatha de Danann ( Ainda dou minhas gargalhadas!!). Como eu ouvia Siebenbürgen com euforia ( Ainda ouço!!)... E agora? Agora vou recomeçar a ouvir meus cd’s amados e interessantes, cheios de músicas encantadoras e profundas. Ok, tenho muitas coisas ainda para colocar em dia.

Ouvindo: Vênus – Theatre of Tragedy

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Entender o mundo natural e o mundo das coisas é uma difícil tarefa.
O olhar já não é mais o mesmo, as vontades já não são novas, o novo já é passado e os pensamentos continuam em vôos rasantes.
A dimensão que cada palavra pode tomar me assusta e me surpreende. Ora pode me tomar por completo, ora pode me repelir sem chance de proximidade. Se acaso as palavras são ditas ao vento, não necessariamente no vento elas permanecerão.
Gosto das palavras, da beleza de algumas e até mesmo da turbidez de outras.
Férias, será?

Mas afinal, ando fugindo do que?
Namastê!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

As músicas revelam e traduzem meus pensamentos.
Fantásticas músicas.

Lá fora a chuva desaba e aqui no meu rosto
Cinzas de agosto e na mesa o vinho derramado
Tanto orgulho que não meço
O remorso das palavras
Que não digo
Mesmo na luz não há quem possa
Se esconder do escuro
Duro caminho o vento a voz da tempestade
No filme ou na novela
É o disfarce que revela o bandido
Meu coração vive cheio de amor e deserto
Perto de ti dança a minha alma desarmada
Nada peço ao sol que brilha
Se o mar é uma armadilha
Nos teus olhos

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Leve

Os últimos dias foram de reconstrução. Agora paira em minha mente a visão de um longo caminho, quem sabe mais límpido e mais visível do que imagino. Quem sabe um belo passeio entre árvores e riachos.
Mais leve, mais confortável, menos irritada, menos impaciente, mais tranqüila, mais sorridente. Parece que as linhas da vida vão se tecendo como brisa.
A saudade se apresenta latente, mas sempre ouvi que “recordar é viver”, e talvez seja mesmo. Quem sabe...
A intensa leitura está me fazendo bem...
.
Relembrando algumas passagens da roda da vida, coloquei algumas músicas do Blackmore's Night para ouvir, e que lindas, que encanto! Mas uma delas desperta com entusiasmo o toque e harmonia de uma canção dentro de mim.


Diamonds and Rust
Composição: Joan Baez

Well I'll be damned
Here comes your ghost again
But that's not unusual
It's just that the moon is full
And you happened to call
And here I sit
My hand on the telephone
Hearing a voice I'd known
A couple of light years ago
Heading straight for a fall
As I remember your eyes
Were bluer than robin's eggs
My poetry was lousy you said
Where are you calling from?
A booth in the midwest
Ten years ago
I bought you some cufflinks
Oh and you brought me something
We both know what memories can bring
They bring diamonds and rust
Well you burst on the scene
Already a legend
The unwashed phenomenon
The original vagabond
You strayed into my arms
And there you stayed
Temporarily lost at sea
The Madonna was yours for free
Yes the girl on the half-shell
Would keep you unharmed
Now I see you standing
With leaves falling around
And snow in your hair
Now you're smiling out the window
Of that hotel
Over Washington Square
Our breath comes out white clouds
Mingles and hangs in the air
Speaking strictly for me
We both could have died then and there
Now you're telling me
You're not nostalgic
Then give me another word for it
You are always so good with words
And at keeping things vague
Because I need some of that vagueness now
It's all coming back too clearly
Oh I loved you dearly
And if you're offering me diamonds and rust
I've already paid
Diamonds and rust

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Compaixão

Compaixão
Uma vez, uma professora me disse que, se eu quisesse felicidade duradoura, a única maneira de consegui-la era sair do casulo. Quando lhe perguntei como trazer felicidade aos outros, ela disse: "Mesma instrução." Esta é a razão pela qual faço essas práticas de aspiração: a melhor maneira de servir a nós mesmos é amar e cuidar dos outros. Estas são ferramentas poderosas para dissolver as barreiras que perpetuam, não somente nossa própria infelicidade, mas o sofrimento de todos os seres.
Monja Pema Chödrön

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Minha vida e a dos outros são originalmente uma só

Quando fazemos o bem ao nosso próximo e vemos que ele ficou feliz, sentimo-nos felizes também. É que somos todos irmãos, ramificações de uma mesma vida, isto é, da vida do cosmos, que flui para dentro de nós e mantém a nossa vida. Portanto, a alegria de fazer o bem ao próximo é a do reencontro e união das partes que, apenas na aparência, achavam-se separadas.


Do livro, A Verdade da Vida - Masaharu Taniguchi


Cansada, sem muitas palavras e com vontade apenas de desmemoriar-me do passado e dos anseios quiméricos.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Mente

Com delicadeza
abrir as gavetas
que guardam
as palavras de seda.
Deixá-las sempre
ao alcance
de um sopro,
prontas para o vôo,
para o ouvido,
para a boca.


Mais uma etapa chegou ao fim. Terminou o estágio, mas não terminaram os trabalhos, os afazeres. Estou levando a saudade. Saudade das crianças, da sala de aula, da comunidade, dos amigos que fiz, das festas, das noites de conversa, enfim, de toda a Costa da Lagoa, de tudo que este lugar me trouxe de aprendizado.
Ai, ai... Eu odeio despedidas, talvez por odiar o fim das coisas ou por eu ter me despedido muito nessa vida. O ato de olhar pra atrás e dar tchau já não cabe mais à mim, apenas ergo a cabeça e caminho em frente para não deixar os olhos mais atormentados em ver o que está ficando. Não que a despedida seja uma despedida verdadeira, mas de uma certa forma, nota-se e sente-se um sentimento sufocante de que algo está começando a faltar, e na realidade, falta mesmo.
Sinto falta de tantas coisas, de tantas pessoas, de tantos momentos... Mas o movimento é sempre para frente.
Olho fotos, cartas, bilhetes, recadinhos e embarco nas lembranças de tudo que vivi e que viverei, de tudo que senti e que sentirei, de tudo que amei e que amarei. Lembro dos momentos de ousadia que me levaram aos montes da coragem e da fortaleza escondida.
Relembro os sorrisos espontâneos e verdadeiros e dos choros tocantes e intensos. Penso nas palavras faladas, lidas, escritas e sonhadas que me fizeram refletir e dar continuidade a vivências majestosas.

Agora tenho mais histórias e mais alegrias para contar...












sábado, 25 de outubro de 2008

Estágio

Professora Khell



Semana ausente, totalmente fora da casinha, isolada na Costa da Lagoa para o estágio. As crianças me surpreendem a cada dia. Com certeza é um grande desafio, não apenas a docência, mas também por estar fora de casa, longe das minhas coisas, dos meus bichos, dos meus livros e até mesmo sem computador. É, infelizmente essa coisinha me faz falta. Mas para compensar, estou morando em um lugar " saúde mental". Acordo, olho pela janela e lá está aquela vista linda.

Na dúvida... Eu tomo meu chimarrão...


Hoje eu acordei mais cedo
Tomei sozinho o chimarrão
Procurei a noite na memória... procurei em vão
Hoje eu acordei mais leve (nem li o jornal)
Tudo deve estar suspenso... nada deve pesar
Já vivi tanta coisa, tenho tantas a viver
Tô no meio da estrada e nenhuma derrota vai me vencer
Hoje eu acordei livre: não devo nada a ninguém
Não há nada que me prenda
Ainda era noite, esperei o dia amanhecer
Como quem aquece a água sem deixar ferver
Hoje eu acordei, agora eu sei viver no escuro
Até que a chama se acenda
Verde... quente... erva... ventre... dentro... entranhas
Mate amargo noite adentro estrada estranha
Nunca me deram mole, não (melhor assim)
Não sou a fim de pactuar (sai pra lá)
Se pensam que tenho as mãos vazias e frias (melhor assim)
Se pensam que as minhas mãos estão presas (surpresa)
Mãos e coração, livres e quentes: chimarrão e leveza
Mãos e coração, livres e quentes: chimarrão e leveza

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Menoussis

Cansada...
Mas não deixo de ouvir e sentir as músicas que me tocam e que me preenchem.
Sou movida e composta de música.

Menoussis é uma música grega que fala de amor e morte.
Foi criada uma dança de meditação para esta música:
"Dança Circular Sagrada"
O significado desta dança é: "Tornar-se consciente do Espírito e de nosso Caminho na Vida".

Os passos desta dança de meditação são uma oração
e cada movimento tem um significado:

1º Movimento representa o corpo físico: "Este sou eu".
2º Movimento reconhecemos o Espírito e nos movemos em direção a Ele e ao conhecimento Dele.
3º Movimento trazemos o Espírito para nossas vidas e o integramos ao físico.
4º Movimento significa que ao caminharmos na vida experienciamos um passado, mas nosso passado nunca é tão grandioso quanto os passos que damos em direção ao futuro.


Namastê!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Chuva



A vida as 18:00 de um dia chuvoso...

Bucólico? Não...

A cada dia uma nova agonia vitoriosa, um novo sentido sem sentido, uma nova busca duvidosa... Talvez, quem sabe, não sei, poderia, será?
É incrível ver as ondas do mar, não é apenas uma cena poética e linda, mas uma forma de visualizar e entender este movimento de ida e vinda que é a vida. Para sempre a lei do eterno retorno. Sempre o princípio e o fim seguem abraçados, pois para um basta o outro.

CANÇÃO (1)

(Cecília Meirelles)

Pus o meu sonho num navio

e o navio em cima do mar;

depois, abri o mar com as mãos,

para o meu sonho naufragar.

Minhas mãos ainda estão molhadas

do azul das ondas entre abertas,

e a cor que escorre de meus dedos

colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,

a noite se curva de frio;

debaixo da água vai morrendo

meu sonho, dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso,

para fazer com que o mar cresça,

e o meu navio chegue ao fundo

e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito;

praia lisa, águas ordenadas,

meus olhos secos como pedras

e as minhas duas mãos quebradas.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Te ofereço paz

A canção "Te Ofereço Paz", criada por Válter Pini em 1989 é baseada em uma antiga saudação universal que era muito apreciada por Gandhi.

Te ofereço paz
Te ofereço amor
Te ofereço amizade

Ouço tuas necessidades
Vejo tua beleza
Sinto os teus sentimentos

Minha sabedoria flui
De uma fonte superior
E reconheço esta fonte em ti
Trabalhemos juntos, trabalhemos juntos...

Hoje a aula de danças circulares foi dedicada à paz. Não consigo pensar na paz sem pensar no amor e na tolerância, sem pensar na paciência e no reconhecimento do outro como outro, mas também como parte de mim. Quando me refiro ao outro, não estou apenas pautando-me no ser humano, estendo meus pensamentos para com todos os outros seres, cientes ou sencientes. Fala-se em paz entre os homens, mas eu complemento dizendo "paz para todos os seres", pois a relação do homem com os outros animais não é de paz.
Dedicar o mérito realizado pelos seus esforços para superar o sofrimento de todos os seres sencientes — através da sabedoria completamente pura, livre dos conceitos de doador, recebedor e doado.
Mundo. Palavra forte, intensa... Um emaranhado de relações.
Caminhando com passos lentos, vou aprendendo o que a vida me oferece, o que este mundo me coloca.

Namastê!

domingo, 5 de outubro de 2008

Chorarei quanto for preciso, para fazer com que o mar cresça, e o meu navio chegue ao fundo e o meu sonho desapareça.


O sonho acabou...
Pés no chão pois a realidade é outra. Por mais que hoje as batidas do coração são diferentes, são estas que me sustentam. Sei que quem sabe amanhã, ao amanhacer poderei me defrontar com o novo. Espero que ele me diga " está tudo bem, foi apenas um sonho". Um sonho que não me sai da lembrança.
Eu só queria seu abraço...

Como diz a música de Damien Rice...

" E então é isso
como você disse que seria
A vida corre fácil pra mim
A maioria das vezes
E então é isso
A história mais curta
Sem amor, sem glória
Sem herói no céu dela
Não consigo tirar meus olhos de você
Não consigo tirar meus olhos de você
Não consigo tirar meus olhos de você
Não consigo tirar meus olhos de você
Não consigo tirar meus olhos..."

E como diz minha música preferida...

" Silêncio agora, não chore,
Enxugue a lágrima do seu olho.
Você está deitada a salvo na cama,
Foi tudo um sonho ruim"

Apesar do sonho não ter sido ruim, seu fim foi.
Eu realmente não ando compreendendo os sentimentos. Vivemos em um mundo cheio de injustiça, infidelidade, egoísmos e quando temos um sentimento bom, temos que esquecer...
Quero que o mundo dê suas voltas, como cantigas de rodas repletas de alegria das crianças, e que faça muitas ventanias para levar embora aquilo que me fez buscar a ilusão.

"Os muros que você construiu por dentro estão desmoronando e um novo mundo começará"

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Semana (super) corrida. Quarta-feira e eu já estou mais do que cansada, até mesmo de pensar.
Uma pequena música que anda me acompanhando e fazendo parte das minhas cantorias do dia. Com certeza vou cantar para meus alunos também.

Calma, calma. Pra quê tanta pressa?
Muita calma. Temos tempo a beça.
Tudo tem seu próprio tempo
A onda do mar, o vento
Cada estação
O dia, a noite vem e vão.



Outra...


O rio vai fluindo, fluindo e indo
O rio vai fluindo para o mar
Nos braços da mãe Terra
Criança sempre serei
Nos braços da mãe Terra
Para o mar...


Para vc, meu querido pôr do sol...

Eu queria querer não pensar em vc. Eu queria querer te esquecer.
Mas hoje eu quero seu abraço, seu olhar, seu sorriso, quero poder te olhar.
Hoje eu quero tantas coisas ao teu lado...
Despertaste em mim algo que nem eu mesma conhecia, que nem eu mesma havia sentido tal sabor. Sentidos que me remetem ao: sabor de morango maduro, quando pela manhã abro os olhos e lembro-me de sua passagem encantadora pelos meus sonhos;
o cheiro suave das plantas, quando me vem o seu cheiro, mesmo com as nuvens cinzas no ar da cidade. És o ar puro do dia. Lembras-me do toque macio do algodão, quando me pego fascinada pensando em suas mãos tocando meu rosto. Será um vôo com asas imaginárias ou um beijo delicado de uma criança amorosa? Sua delicadeza e intensidade naquilo que estás a fazer, me trazem os mesmos sentidos.
Quando penso em seu sorriso, viajo para as montanhas cheias de verdes, que acolhem calorosamente as caminhadas alegres de pessoas repletas de simplicidade, que são acompanhadas de pássaros voando com a maestria do vento, assim como um maestro que rege a música tocante de uma orquestra afinada.
És pra mim meus sentidos, meus pensamentos e minhas vontades.
Se hoje inspiro e expiro palavras em poesia, respirei vc.
(Khell- 01.10.2008)


Mesmo com o pouco tempo, eu ainda consigo palavras pra expressar o que tanto queria dizer-te olhando em teus olhos.




" Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou. Estrada eu sou. "

domingo, 21 de setembro de 2008

São Paulo

Pois bem, neste final de semana fui para São Paulo, e toda vez que vou pra lá ainda consigo me surpreender com a sujeira. Por conta de tanta poluição, minha garganta está doendo, sendo que é muito difícil acontecer tal fato. Mas, apesar de tudo, eu gosto da cidade, talvez por seus atributos culturais ou por ter conhecidos pessoas maravilhosas por lá. O que sei é que seus moradores poderiam cuidar com mais carinho de um lugar tão querido.


A ida foi tranqüila, só incomodei um pouco a Vivi já que não parava de falar. Hahaha! Eu sei que nem posso e nem devo, mas peraí, tinha algumas novidades e outras que precisava colocar pra fora, antes que dentro de mim, explodice meus explosivos pensamentos.








A volta já foi mais triste, superrrr cansadas, quase 2 noites sem dormir... Pareciamos pequenos zumbis, então foi preciso alegrar. Cantoria, cantoria e cantoria. E claro, mais conversas e repetir praticamente tudo que falei na ida.

Um chá, uma maçã e muita, muita água... Agora é correr atrás para fazer essa garganta voltar ao nomal.

Algumas fotos...




Estou entrando na fase: " Ok, um abraço me faz falta. Ok, seu abraço me faz falta."
Se eu tivesse um botão "delete", ou um "esqueça"...

Ei, psiuuuu, devolva-me meus pensamentos, porque eles estão em vc.

"O correr da vida embrulha tudo.A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa,sossega e depois desinquieta.O que ela quer da gente é coragem."
Estou precisando de coragem mesmo! =

"Quando o amor vos fizer sinal, segui-o; ainda que os seus caminhos sejam duros e escarpados. E quando as suas asas vos envolverem, entregai-vos; ainda que a espada escondida na sua plumagem vos possa ferir. "(Khalil Gibran).
Que caminho seguir?

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Ilusão, desilusão...

Desilusão, desilusão. Danço eu, dança vc, na dança da solidão.

Que bom que os dias estão frios, assim consigo me confortar no calor das minhas cobertas.
Será que ando para trás? As vezes tenho a impressão que sim, pois quando acho que estou seguindo, percebo que algo está errado.
Preciso parar com minhas tolices...




(...)
Casa vazia, luzes acesas (só pra dar a impressão)
Cores e vozes, conversas animadas (é só a televisão)
Já perdemos muito tempo brincando de perfeição
Esquecemos o que somos: simples de coração
Volta voando (vinda do alto),derrete o chumbo do céu
Antes que eu saia pela tangente no giro do carrossel
Falta uma volta (ponteiros parados): tudo dança em torno de ti
Volta voando... fim da viagem: benvinda à vida real
Já perdemos muito tempo brincando de perfeição
Agora é bola pra frente, agora é bola no chão
Já brincamos muito tempo (até perder a direção)
Na santa paz de Deus
No mais perfeito caos



Namastê!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Vozes

Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger


Se você ouvisse
As vozes que ouço à noite
Acharia tudo que eu faço natural (normal)

Se você sentisse
O medo que eu sinto do escuro
Se você soubesse
O mal que o sol me faz
Não me pediria pra repetir
Revoltas banais das quais eu já me esqueci

Se você ouvisse
Às vozes que ouço à noite
Às vezes me assustam
Outras vezes me atraem
Se você sofresse
Tanto quanto eu sofro com a solidão
Se você soubesse
O quanto eu preciso da solidão
Não me pediria pra repetir
Frases banais das quais já me arrependi

Duas pessoas são duas verdades
E, na verdade, são dois mundos
A cada segundo, o pânico aumenta
E uma sombra arrebenta a porta dos fundos

Se você sofresse tanto quanto eu sofro com a solidão
E precisasse tanto quanto eu preciso da solidão
Não me pediria pra repetir
Gestos banais dos iguais aos que eu não fiz

Por vezes, Gessinger consegue dizer aquilo que eu gostaria e não consigo...

Descobri que as barcas noturnas da Costa são mais divertidas, com muitas músicas, até Queen!! =D

terça-feira, 9 de setembro de 2008


Primeiro dia de estágio.

40 minutos de barca até a Costa da Lagoa, um lugar lindo que me fez lembrar dos causos de Franklin Cascaes. Até comentei " Aqui deve ter muitas bruxas" e passando a mão em meus cabelos, minha professora disse " Com certeza tem várias".
Lugar onde a natureza mostra sua face e seu olhar.

Turma agitada e cheia de personalidade, o que se torna um grande desafio. Mas com essa vista, todo desafio fica mais suave hehehe!
***
Cada coisa no seu tempo e cada tempo com seu desejo. Tão complicado querer o imaginário acordada.

Começo

Que seja sempre um bom começo... Na dúvida comece sempre com um artigo, "o", "a", assim vão surgindo as palavras.

O dia foi cheio e a noite está confusa. Cheio de... hum... Idéias, sempre elas! Sempre as idéias, os pensamentos que vagam em devaneios. Já a noite, não anda conseguindo processar o que o dia teimou em pensar.

Namastê!

 
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