Silent Lucidity: novembro 2008

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

As músicas revelam e traduzem meus pensamentos.
Fantásticas músicas.

Lá fora a chuva desaba e aqui no meu rosto
Cinzas de agosto e na mesa o vinho derramado
Tanto orgulho que não meço
O remorso das palavras
Que não digo
Mesmo na luz não há quem possa
Se esconder do escuro
Duro caminho o vento a voz da tempestade
No filme ou na novela
É o disfarce que revela o bandido
Meu coração vive cheio de amor e deserto
Perto de ti dança a minha alma desarmada
Nada peço ao sol que brilha
Se o mar é uma armadilha
Nos teus olhos

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Leve

Os últimos dias foram de reconstrução. Agora paira em minha mente a visão de um longo caminho, quem sabe mais límpido e mais visível do que imagino. Quem sabe um belo passeio entre árvores e riachos.
Mais leve, mais confortável, menos irritada, menos impaciente, mais tranqüila, mais sorridente. Parece que as linhas da vida vão se tecendo como brisa.
A saudade se apresenta latente, mas sempre ouvi que “recordar é viver”, e talvez seja mesmo. Quem sabe...
A intensa leitura está me fazendo bem...
.
Relembrando algumas passagens da roda da vida, coloquei algumas músicas do Blackmore's Night para ouvir, e que lindas, que encanto! Mas uma delas desperta com entusiasmo o toque e harmonia de uma canção dentro de mim.


Diamonds and Rust
Composição: Joan Baez

Well I'll be damned
Here comes your ghost again
But that's not unusual
It's just that the moon is full
And you happened to call
And here I sit
My hand on the telephone
Hearing a voice I'd known
A couple of light years ago
Heading straight for a fall
As I remember your eyes
Were bluer than robin's eggs
My poetry was lousy you said
Where are you calling from?
A booth in the midwest
Ten years ago
I bought you some cufflinks
Oh and you brought me something
We both know what memories can bring
They bring diamonds and rust
Well you burst on the scene
Already a legend
The unwashed phenomenon
The original vagabond
You strayed into my arms
And there you stayed
Temporarily lost at sea
The Madonna was yours for free
Yes the girl on the half-shell
Would keep you unharmed
Now I see you standing
With leaves falling around
And snow in your hair
Now you're smiling out the window
Of that hotel
Over Washington Square
Our breath comes out white clouds
Mingles and hangs in the air
Speaking strictly for me
We both could have died then and there
Now you're telling me
You're not nostalgic
Then give me another word for it
You are always so good with words
And at keeping things vague
Because I need some of that vagueness now
It's all coming back too clearly
Oh I loved you dearly
And if you're offering me diamonds and rust
I've already paid
Diamonds and rust

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Compaixão

Compaixão
Uma vez, uma professora me disse que, se eu quisesse felicidade duradoura, a única maneira de consegui-la era sair do casulo. Quando lhe perguntei como trazer felicidade aos outros, ela disse: "Mesma instrução." Esta é a razão pela qual faço essas práticas de aspiração: a melhor maneira de servir a nós mesmos é amar e cuidar dos outros. Estas são ferramentas poderosas para dissolver as barreiras que perpetuam, não somente nossa própria infelicidade, mas o sofrimento de todos os seres.
Monja Pema Chödrön

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Minha vida e a dos outros são originalmente uma só

Quando fazemos o bem ao nosso próximo e vemos que ele ficou feliz, sentimo-nos felizes também. É que somos todos irmãos, ramificações de uma mesma vida, isto é, da vida do cosmos, que flui para dentro de nós e mantém a nossa vida. Portanto, a alegria de fazer o bem ao próximo é a do reencontro e união das partes que, apenas na aparência, achavam-se separadas.


Do livro, A Verdade da Vida - Masaharu Taniguchi


Cansada, sem muitas palavras e com vontade apenas de desmemoriar-me do passado e dos anseios quiméricos.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Mente

Com delicadeza
abrir as gavetas
que guardam
as palavras de seda.
Deixá-las sempre
ao alcance
de um sopro,
prontas para o vôo,
para o ouvido,
para a boca.


Mais uma etapa chegou ao fim. Terminou o estágio, mas não terminaram os trabalhos, os afazeres. Estou levando a saudade. Saudade das crianças, da sala de aula, da comunidade, dos amigos que fiz, das festas, das noites de conversa, enfim, de toda a Costa da Lagoa, de tudo que este lugar me trouxe de aprendizado.
Ai, ai... Eu odeio despedidas, talvez por odiar o fim das coisas ou por eu ter me despedido muito nessa vida. O ato de olhar pra atrás e dar tchau já não cabe mais à mim, apenas ergo a cabeça e caminho em frente para não deixar os olhos mais atormentados em ver o que está ficando. Não que a despedida seja uma despedida verdadeira, mas de uma certa forma, nota-se e sente-se um sentimento sufocante de que algo está começando a faltar, e na realidade, falta mesmo.
Sinto falta de tantas coisas, de tantas pessoas, de tantos momentos... Mas o movimento é sempre para frente.
Olho fotos, cartas, bilhetes, recadinhos e embarco nas lembranças de tudo que vivi e que viverei, de tudo que senti e que sentirei, de tudo que amei e que amarei. Lembro dos momentos de ousadia que me levaram aos montes da coragem e da fortaleza escondida.
Relembro os sorrisos espontâneos e verdadeiros e dos choros tocantes e intensos. Penso nas palavras faladas, lidas, escritas e sonhadas que me fizeram refletir e dar continuidade a vivências majestosas.

Agora tenho mais histórias e mais alegrias para contar...












 
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