Silent Lucidity: 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Eu tenho



Eu tenho amigos. Grandes e bons amigos. Alguns moram longe e outros bem mais longe. Alguns moram perto. Alguns moram na mesma rua e outros moram comigo. Alguns passaram e deixaram suas marcas. Alguns deixaram e deixam suas marcas dia a dia. Alguns me abraçam e fazem meu mundo parar. Alguns me fazem chorar de rir ou de emoção. Alguns dizem eu te amo com fervor e outros demonstram com entusiasmo. Alguns enchem o copo e conversam madrugada à fora e outros dormem cedo e conversam pela manhã. Alguns compartilham suas vidas com palavras e outros com olhares. Alguns eu tenho muitas saudades e outros eu vejo sempre e mesmo assim tenho saudades. Alguns eu choro nos ombros e outros choram nos meus. Alguns compartilham a música, outros a educação, outros as afinidades, outros os sonhos, outros os sorrisos, mas todos, todinhos, compartilham a arte da amizade e de amar. Eu tenho amigos, e que bom que os tenho. Eu tenho amigos irmãos, e que bom que os tenho. Eu tenho amigo namorado, e que bom que o tenho. Eu tenho amigos pais, e que bom que os tenho. Eu tenho amigos bichos, e que bom que os tenho. Eu tenho um coração que contempla todos. Eu os tenho.


Certo dia fui conversar com uma amiga flor, uma amiga loira, uma amiga amada, dessa que nos ama mesmo e que nos quer feliz. Eu a ouvi como ouço o vento. Eu a vi como vejo a lua. Eu a senti como minha querida amizade. E ela falou, falou e falou. Mas o que ela fala faz a diferença. Fez e continua fazendo. Eu poderia ter deixado de lado, mas ela fala com tanta sabedoria e com tanto amor... dei valor. Dou valor as palavras.

Quero compartilhar uma mensagem que ela me mandou.


“A beleza é um dom frágil; com os anos, ela se esvai, murcha com o tempo. Nem as violetas nem os lírios, estão sempre com suas corolas em flor, e os espinhos sobrevivem à rosa! Breve também tu, belo adolescente, terás cabelos brancos, e as rugas irão sulcar o teu corpo!
Trata pois de formar agora teu espírito, um bem durável que será suporte da tua beleza e é mais duradouro que ela; só ele subsiste até a pira fúnebre”. (A arte de amar, Ovídio).



Obrigada, amig@s!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Mais um


Mais um artigo. De novo? Sim. E o tema? Música na educação, de novo. Hehehe!
Tudo novo de novo.

Estou meio tola ainda, fui classificada no concurso da prefeitura para professores . Eram mais de 100 candidatos por vaga. Ó!

2010 chegando, espero que ele venha repleto de coisas boas, mesmo sabendo que muitas delas dependem de mim. Mas, que as oportunidades aconteçam, sempre.
Fim de ano me deixa sempre com o coração meio apertado. Não sei se é por conta das memórias de infância ou se é o lembrete "Vc está ficando mais velha", já que meu aniversário é bem no finalzinho. A infância era um tempo bom. O natal tinha um "q" todo especial. Não sei se era mágico, mas eu vivia como se fosse. Nunca acreditei em papai noel, mas as luzes me encantavam. Fazer aniversário também era bom. Minha família e amigos se reuniam e batiam as palminhas pra mim (essa parte eu não gostava e continuo não gostando). Adulta, parece que as coisas tomaram outro sentido.
Fazer aniversário é chato. Por que? Férias... e não consigo reunir mais os bons amigos porque eles viajam final do ano, além do tal lembrete. Com os afazeres da vida, a cabeça fica pensando em outras coisas até o natal, então a mente não se prepara pra comemorar nada. O tempo fica pras outras histórias.
Entretanto, montei o pinheiro aqui de casa. Ele é maior do que eu (ok, não é difícil). Ficou bonitinho. Não sei o que me deu, faz anos que não montava. Resolvi tentar viver as coisas diferente este final de ano. Vamos ver se consigo.


Quinta acabam as aulas e acaba a faculdade também. Quero terminar logo, mas ao mesmo tempo não quero.

Vai se entender...


Namastê!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Quero ver


Estou muito ansiosa para assistir o filme Alice no País das Maravilhas. Eu amo o livro, adoro o desenho e o filme? Com estréia marcada para 5 de março de 2010, o filme de Tim Burton tem no elenco... tcharam... Johnny Deep (hum), Anne Hathaway, Alan Rickman, Matt Lucas, Michael Sheen, Helena Bonham Carter, Crispin Glover, Christopher Lee e Eleanor Tomlinson. E o mais interessante, vai ser em 3D.

Quero muitooooo ver isso!


Queria conhecer o País das Maravilhas, mas pela telona também é legal.

Mais um papel estereotipado pro Deep.

Quase não gosto...

domingo, 8 de novembro de 2009

ARREIO SEM FREIO

Ta bom, vamos lá...
Hoje foi o dia do concurso para professores efetivos da prefeitura de Florianópolis. Quebrei a cabeça, mas fiz a prova. Pelo menos as questões relacionadas aos problemas ambientais e ao ensino de história tenho certeza que deram certo. Me resta esperar o gabarito e conferir. Mais de 100 candidatos por vaga, será que vai? Hehehe.

Mudando de doce pra salgado, ou seja, de concurso pra música. Quarta feira o grupo ARREIO SEM FREIO irá realizar uma apresentação na Opus-Espaço Cultural, no centro, às 20:00. O grupo apresentará um repertório de músicas instrumentais brasileiras com a linguagem do Jazz. A entrada é franca. Música de qualidade, bons músicos, ampliação de seu repertório cultural e tudo isso ainda de graça! Perder? Não da, né?
Música boa na veia, meu povo! A qualidade musical não pode entrar pelo ralo. Valorizem os bons músicos desta ilha de sol e chuva.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Möngrel no Drakkar



10 reais antecipados!!

Boraaaaaaaaaaaaaaa!!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Acabeiiiiiiiii.
Mais uma publicação, e essa é das grandes.

Último semestre da faculdade e esse gostinho de fim já me deixa saudosa. A graduação me trouxe momentos ótimos e pessoas encantadoras.

Agora o foco é... Mestrado, mestrado, mestrado!

Dessa vez sinto que estou construindo algo pra mim de verdade. E o melhor de tudo, EU estou fazendo e mais ninguém. Isso faz sentir-me útil à mim mesma.

Foto: Amor, eu e Joe Lynn Turner. Muitooo bom!

domingo, 9 de agosto de 2009


Quebra cabeça sem encaixe.

Riscando e rabiscando.

Tenho tantas coisas pra escrever e fazer que um domingo nublado é pouco.

Parece que o desânimo é o troféu. A minha indisposição afetou seriamente a parte mais pensante do meu cérebro, e juntamente a minha gastrite nervosa.
Acho que domingo não é dia bom.
Acho que estou cansada de ouvir balelas.

Cházinho de camomila faz bem.

quinta-feira, 23 de julho de 2009


Hoje as palavras não são minhas, são do Saramago que expressa o que eu queria dizer.



Pudesse eu, e fecharia todos os zoológicos do mundo. Pudesse eu, e proibiria a utilização de animais nos espectáculos de circo. Não devo ser o único a pensar assim, mas arrisco o protesto, a indignação, a ira da maioria a quem encanta ver animais atrás de grades ou em espaços onde mal podem mover-se como lhes pede a sua natureza. Isto no que toca aos zoológicos. Mais deprimentes do que esses parques, só os espectáculos de circo que conseguem a proeza de tornar ridículos os patéticos cães vestidos de saias, as focas a bater palmas com as barbatanas, os cavalos empenachados, os macacos de bicicleta, os leões saltando arcos, as mulas treinadas para perseguir figurantes vestidos de preto, os elefantes mal equilibrados em esferas de metal móveis. Que é divertido, as crianças adoram, dizem os pais, os quais, para completa educação dos seus rebentos, deveriam levá-los também às sessões de treino (ou de tortura?) suportadas até à agonia pelos pobres animais, vítimas inermes da crueldade humana. Os pais também dizem que as visitas ao zoológico são altamente instrutivas. Talvez o tivessem sido no passado, e ainda assim duvido, mas hoje, graças aos inúmeros documentários sobre a vida animal que as televisões passam a toda a hora, se é educação que se pretende, ela aí está à espera.


Perguntar-se-á a que propósito vem isto, e eu respondo já. No zoológico de Barcelona há uma elefanta solitária que está morrendo de pena e das enfermidades, principalmente infecções intestinais, que mais cedo ou mais tarde atacam os animais privados de liberdade. A pena que sofre, não é difícil imaginar, é consequência da recente morte de uma outra elefanta que com a Susi (este é o nome que puseram à triste abandonada) partilhava num mais do que reduzido espaço. O chão que ela pisa é de cimento, o pior para as sensíveis patas deste animais que talvez ainda tenham na memória a macieza do solo das savanas africanas. Eu sei que o mundo tem problemas mais graves que estar agora a preocupar-se com o bem-estar de uma elefanta, mas a boa reputação de que goza Barcelona comporta obrigações, e esta, ainda que possa parecer um exagero meu, é uma delas. Cuidar de Susi, dar-lhe um fim de vida mais digno que ver-se acantonada num espaço reduzidíssimo e ter de pisar esse chão do inferno que para ela é o cimento. A quem devo apelar? À direcção do zoológico? À Câmara? À Generalitat?

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Doente, férias... off

Fico contente quando as coisas tomam seus trajetos compensatórios e satisfatórios. No fim, talvez tudo dê certo mesmo. As obras das passagens nos empurram para frente e nos fazem construir novos conhecimentos. O passado? Identificação e elementos. É pra frente que se caminha.
A (des) memória ajuda a quebrar a ilusão fantasmagórica.

No mais, férias! Porém, doente. Aconchego do namorado ajuda. (Psiuuuuu, te amo, Dey). Ó dores terríveis.

Falando nele... ele me deixou um cd ótimo de jazz, Now de John Patitucci ... Aos interessados!!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Arreio sem Freio

Com o friozinho noturno gostoso que anda fazendo nesta cidade, uma boa pedida é apreciar uma boa música, selando bem as noites de inverno.
A sugestão é contemplar o show do quarteto de Jazz instrumental “Arreio sem Freio” que será realizado quinta-feira, 25 de junho, as 21h00min, no SESC da Prainha. Para os amantes da boa música. A entrada é franca, então não há desculpas!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Aprecie o silêncio


Cantarolando na vida, por aí, vou descobrindo que não é por conta do acaso que certas músicas ficam presas na minha mente.
Aprecie o silêncio. Por vezes nossa cultura nos leva a resolvermos as questões sempre na pressa, na velocidade e na impulsividade. Neste sentido a cultura oriental tem muito a nos ensinar... praticar o silêncio.


Eu preciso... de um copo d'água, de um copo de paciência, de um pote bem cheio de calma, de uma caixa de atenção, de um punhado de sorrisos, de um mundo de abraços, de um cantinho de aconchego, de uma rede de sonhos, de uns goles de ousadia, de umas doses de coragem, de muitas lascas de motivação, de um nada de tudo e de um tudo de nada. Preciso de um dia escuro e de uma noite clara, de um frio caloroso e de um calor friorento, de um lago de pensamentos otimistas e de um mar de questinamentos interessantes. Preciso de toneladas de amor sublime e de verdades sorridentes.

Enjoy The Silence
Depeche Mode


Words like violence

Break the silence

Come crashing in

Into my little world

Painful to me

Pierce right through me

Can't you understand

Oh my little girl



All I ever wanted

All I ever needed

Is here in my arms

Words are very

Unnecessary

They can only do harm



Vows are spoken

To be broken

Feelings are intense

Words are trivial

Pleasures remain

So does the pain

Words are meaningless

And forgettable



All I ever wanted

All I ever needed

Is here in my arms

Words are very

Unnecessary

They can only do harm



All I ever wanted

All I ever needed

Is here in my arms

Words are very

Unnecessary

They can only do harm



All I ever wanted

All I ever needed

Is here in my arms

Words are very

Unnecessary

They can only do harm



Enjoy the silence...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Möngrel


Eu vou!!
E vai ser uma "féxtenha" e tanto...
Bora também?
E eu vou ver o baixista mais querido do mundo... =D

sábado, 16 de maio de 2009



Queria ter ido...
Queria...
Queria...
Ó grana curta!!
Ó juízo na cabeça!!
Ó responsabilidades!!

Heaven and Hell, pra mim e pra muitos, puro nome fantasia, é Black Sabbath e na melhor qualidade, com Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo), Vinny Appice (bateria) e o baixinho poderoso no vocal, Ronnie James Dio.

Eles não desembarcaram em Floripa, mas sim em São Paulo. Eu não desembarquei por lá, mas meu querido sim. Ó que inveja...
Por aqui só Roberto Carlos mesmo, sendo assim, eu prefiro fazer outra coisa.


Lady Evil
Black Sabbath

There's a place just south of Witches' Valley

Where they say the wind won't blow

And they only speak in whispers of her name


There's a lady they say who feeds the darkness

It eats right from her hand

With a crying shout she'll search you out

And freeze you where you stand


Lady Evil, evil

She's a magical mystical woman

Lady Evil, evil in my mind

She's queen of the night, but alright, mmm-m


In a place just south of Witches' Valley

Where they say the rain won't fall

Thunder cracks the sky, it makes it bleed, yeah

There's a lady they say who needs the darkness

She can't face the light

With an awful shout, she'll find ya out

And have you before the night


Lady Evil, evil

She's a magical mystical woman

Lady Evil, evil on my mind

She's a queen of the night


So if you ever get to Witches' Valley

Don't dream or close your eyes

And never trust your shadow in the dark

'Cause there's a lady I know who takes your vision

And turns it all around

The things ya seen are what to be, lost and never found


Lady Evil, evil

She's a magical mystical woman

Lady Evil, evil on my mind

She's queen of the night

Gonna do you right

She's the queen of sin

Look out she'll pull you in

Lady Wonder



Segundo o Dey, é a minha música. =D

terça-feira, 5 de maio de 2009

Sim/Não


Não sou partes, sou inteira. Não sou velhos fragmentos, nem sonhos interrompidos. Não sou metade do que acham que sou, mas posso ser a outra metade do que não acham. Não tenho tanta memória ruim como gostaria de ter, mas não me recordo tão bem assim de momentos lindos como queria lembrar. Não sou tão firme como os sólidos, mas sou confusa como um labirinto preto e branco. Não sou um cavalo no xadrez, mas por vezes pareço um ser angular perene no 180 °.

Eu sou o medo, sou o desejo, sou a lucidez marcada pela dormência da impulsão. Sou o infinito, sem limites, na prosa mal articulada com a realidade.
Eu sou a mente desastrada que se esquece do lado avesso. Sou o caldeirão de ideias, onde borbulham milhares de pensamentos acolhidos pela chama do fogo.

Sou uma busca... uma espera... paciência abundante numa alma ativa.
Namastê!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Saber voar



Depois de umas super doses de artigo, a mente fica um turbilhão.
Creio que o foco da minha vida anda tomando outro rumo. Os holofotes estão voltados à uma dimensão diferente e desconhecida. Com isso, sou dotada de um medo bobo que persegue vagarosamente os desejos.
É estranho pensar a vida em etapas. Não gosto de fragmentar a vida. A sociedade já faz tanto isso, e faz até por mim. Na minha visão os caminhos são diferentes, mas se encontram em algum momento. Um emaranhado mesmo, e que emaranhado! Por isso, eu não estou iniciando um novo começo ou um novo sei lá o que, eu estou continuando a viver, porém numa bifurcação meio parceira que escolhi. Escolhi ou fui escolhida?


Lá se vão os dias de pés no chão...


Eu sei voar? Mesmo sem asas, acho que sim.
"Saber amar. Saber deixar alguém te amar."

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Quiero más



No quiero esperanzas
ni sueños
ni horizontes
donde el tiempo especula
su perversa agonía
Quiero más.


El viento en la Isla

Escóndeme en tus brazos

por esta noche sola,

mientras la lluvia rompe

contra el mar y la tierra

su boca innumerable.
(Pablo Neruda)

quarta-feira, 15 de abril de 2009


Dopamina, dopamina, dopamina... Sede de dopamina. A bebida é a mais quente, mas com esse friozinho de outono é também a melhor opção. Como é bom se embebedar de dopamina, se embrenhar nos braços e abraços, e se sentir pulsante.
Dopamina, dopamina... É minha mina, me domina e me anima.
“Dopaminada”.

Não limito o infinito.
Você
Tom Jobim

É só eu sei,
quanto amor
Eu guardei, sem saber
Que era só pra você
É só tinha de ser com você
Havia de ser pra você
Senão era mais uma dor
Senão não seria um amor
Aquele que a gente não vê
Amor que chegou para dar
Porque ninguém deu pra você
Amor que chegou para dar,
porque ninguém deu
É você que é feito de azul
Me deixa morar nesse azul
Me deixa encontrar minha paz
Você que é bonito demais
Se ao menos podesse saber
Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim
E eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim
E eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim

Em outro tempo e em outro lugar, fica mais fácil.

Adorando o ser.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Trilha vital sonora

Minha vida possui trilha sonora. Cada vivência, cada fase, cada pessoa querida tem uma canção que a simboliza. É assim.
Já faz uns meses que meu pai me entregou um cd com músicas antigas pedindo que eu ouvisse. São mais de 200 músicas, muitas coisas, logo precisava de tempo. Tempo, tempo, tempo. Então ontem resolvi colocar o tal cd pra ouvir. Repleto de músicas ruins e boas, a coleção foi tecendo saudades e repulsão. Apertei o “repeat” na música do U2 que adoro e sem querer acabei selecionando outra, Lost in Love do Air Supply. Mas continuei ouvindo. Apesar de já conhecer a música, eu a vi de outra forma, pensei: ah que bonitinha! E comecei a cantarolar. Parei, prestei atenção na letra e... peraí, faz sentido. Ouvi a música mais algumas várias vezes, assim ela fez parte do repertório de ontem. Mas, antes de ir ao centro hoje, coloquei mais uma vez pra me sentir sensibilizada novamente. E fui pro centro. Passando ao lado das lojas Americanas, ali na galeria Comasa, onde tem uma loja que vende cd’s e utiliza um som ambiente que se consegue ouvir da rua, tocava uma música... e qual era? Ela mesma. Como não acredito em coincidência, lá vai a letra.
Lost In Love
Air Supply


I realise the best part of love is the thinnest slice
And it don't count for much but I'm not
letting go
I believe there's still much to believe in
So lift your eyes if you feel you can
reach for a star and I'll show you a plan
I've figured it out
what I needed was someone to show me
You know you can't fool me
I've been loving you too long
It started so easy
You want to carry on
(carry on)
Lost in love and I don't know much
Was I thinking aloud
Fell out of touch
But I'm back on my feet
Eager to be what you wanted
So lift your eyes if you feel you can
reach for a star and I'll show you a plan
I've figured it out
what I needed was someone to show me
You know you can't fool me
I've been loving you too long
It started so easy
You want to carry on
(carry on)
Lost in love and I don't know much
Was I thinking aloud
Fell out of touch
But I'm back on my feet
Eager to be what you wanted
You know you can't fool me
I've been loving you too long
It started so easy
You want to carry on
(carry on)
Lost in love and I don't know much
Was I thinking aloud
Fell out of touch
But I'm back on my feet
Eager to be what you wanted
Now I'm lost
Lost in love

domingo, 29 de março de 2009



E a vida Khell? Como está?

Está bem, tranqüila.

A estrada é estranha, já dizia Gessinger, mas o estranho não significa ruim. Creio na polaridade, mas não levo tão a sério as extremidades.

A foto. Como não se sensibilizar diante de um belo fenômeno natural como este? Passando a tarde em Sambaqui, pude contemplar um por do sol intenso que me fez aprisionar o olhar. O foco era a tal beleza triunfante de uma naturalidade única. As formas iam se modificando, tornando cada cena uma raridade singular. Senti-me preenchida e intensamente tocada.
A percepção da visibilidade une o real e o visível, porém, certos acontecimentos extrapolam e transcendem aquilo que enxergamos fisiologicamente. Abri-se um canal com os sentimentos mais invisíveis, trazendo à flor da pele a energia receptível e a ressignificação de elementos constitutivos.

Uma abordagem racional explica até certo ponto, mas eu quero mais sentido ao sensível.
Creio que ao direcionarmos nossos olhares, interagimos e nos relacionamos de diferentes formas, seja por deslumbramento ou revolta. Estas que nos auxiliam na construção subjetiva e particular dos nossos olhares.

Estava eu pensando sobre o passar. Deixamos passar tantas oportunidades e não sei ao certo porque, em alguns momentos, simplesmente deixamos passar. Por que não agarrar com força? Por que não adentrar uma trilha diferente? Por que não tentar pisar em pedras desconhecidas? Claro que o risco é inevitável. Se a pedra for solta? Se tiver limo? Mas os riscos são importantes, assim como dar o passo.
Será que devo? Será que vou? Eu prezo, e muito, a voz da tentativa, o laço do novo (não desprezando o que se passou) e o mistério do amanhã.


Uso as palavras para compor os meus silêncios
Não gosto das palavras
Cansadas de informar.
Dou mais respeito
as que vivem de barriga para o chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes.
Prezo insetos mais do que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais do que dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
Sou da invencionática.
Só uso as palavras para compor meus silêncios.
(O apanhador de desperdícios, IX)

Manoel de Barros



Faço minhas as palavras de Manoel.


Om Namo Amidabhaya, Buddhaya, Dharmaya, Sangaya!

Namastê!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Seis... abstrato!


Estação da mente...

Nada está parado, nada é linear, nada segue um fluxo constante e uniforme, afinal, nada é tão homogêneo assim. Nada, absolutamente nada é nada.
A subjetividade à deriva. Céu iludido, céu medonho, céu eleito num caleidoscópio quebrado.

O nada também me tira do chão.

A amizade se faz presente. Anna Ju desembarcou na ilha. Eis que ela chegou com seus olhos ardentes, lacrimejados e saudosos, pareciam duas lagoas límpidas. Quanto aconchego...
Na bagagem um lembrete: “Lembramos de você em tudo que fizemos e fazemos.” Entre tantas lembranças e conforto, um vinil do David Bowie. Entre tantos pensamentos, um íntimo de seis amigos revelado com ternura e coração. Bons corações. Pessoas boas.
Londres não é a mesma porque Anninha Flor está aqui, mas logo o Brasil não será o mesmo porque a andorinha tomará seu vôo.
O meu querer diz: quero as seis formigas abraçadas, seja no Brasil ou em qualquer lugar do mundo.

Leo, Stone, Poka, Dennis, Anna e Khell. Uma banda? Sim. Uma turma animada? Sim. Amizades verdadeiras? Sim. Pluralidade? Sim. Coração? Sim. Sorrisos e gargalhadas? Sim. Saudades? Ah, muitas.

O importante não passa batido, mas pode passar abatido. Embrulho desejante de um ser viajante.

Orraxxx, quantas emoções numa semana.




sábado, 14 de março de 2009

Deep Purple!!

O ritmo dos acontecimentos anda acelerado. Por um lado é ótimo, a vida em movimento nos mostra que estamos vivos e resistentes. Por outro lado, cadê o descanso?
Assim, o blog fica as moscas já que o tempo está as avessas.

Mas, dia 05 (já faz alguns dias) fui ao show do Deep Purple, e melhor, aqui em Floripa!! Quem diria...
Uma noite que entrou pra história! Mil maravilhas...


Perfect Strangers
Can you remember remember my name
As I flow through your life
A thousand oceans I have flown
And cold spirits of ice
All my life
I am the echo of your past
I am returning the echo of a point in time
Distant faces shine
A thousand warriors I have known
And laughing as the spirits appear
All your life
Shadows of another day
And if you hear me talking on the wind
You've got to understand
We must remain
Perfect Strangers
I know I must remain inside this silent
well of sorrow
A strand of silver hanging through thesky
Touching more than you see
The voice of ages in your mind
Is aching with the dead of the night
Precious life (your tears are lost infalling rain)
And if you hear me talking on the wind
You've got to understand
We must remain
Perfect Strangers

segunda-feira, 2 de março de 2009

Voltando...

Recomeçaram as aulas, e a estréia foi inusitada... 39,5 de febre. Pouco? Muito? Apesar das dores e da sensação de que meu corpo estava pegando fogo, o dia rendeu.
A febre ainda está aqui, mas se pudesse voltar no tempo faria tudo novamente. Tomaria o mesmo banho de chuva, andaria com os mesmos passos felizes pela Lagoa da Conceição e me sentiria alegre por tudo isso. Afinal, uma companhia agradável vale a pena.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Palavras...



Resolvi escrever, levantar o tapete e retirar a poeira.

Passei dias sem vontade de escrever aqui, ou até mesmo sem inspiração. Sem ter alguma motivação real que me fizesse parar, sentar e escrever para o blog. Neste tempo escrevi sim, mas outras coisas que não convém apresentá-las aqui. E qual o motivo disso? Eu mesma desconheço. Fiquei buscando temas e palavras que pudessem caber no momento, mas não as encontrei. Refletindo sobre isso resolvi pensar sobre “não conseguir escrever”. Bobagem? Quem sabe... Mas acontece!

Há alguns meses atrás, na faculdade, foi pedido para que individualmente escrevêssemos um artigo cientifico sobre nossa experiência no estágio, relacionando com algum tema que achávamos pertinentes. Com os temas já selecionados e resolvidos, fomos escrever e... Pronto, tudo ficou escuro. Aqueles que se mostravam empenhados e ligeiros na escrita se deram conta de como aquilo poderia ser complicado, mesmo com a habilidade no uso das palavras. Ouvia minhas colegas dizendo: “Não consigo escrever.” E isso também aconteceu comigo. Deparei-me com o tema, fui em busca de livros que pudessem me auxiliar, li, fiz anotações, e claro, havia a própria experiência ... Enfim, possuía o que precisava em mãos e mente, contudo, me faltavam palavras para conseguir expressar aquilo que realmente desejava.
E isso se torna complicado quando passa a ser uma vivência constante, pois podemos nos deparar com a elaboração de um muro entre o pensamento e as palavras. Considero que ao invés de um muro concreto que impede os nossos olhares a adentrarem e visualizarem o que está do outro lado, é preciso ter uma ponte, pois ela é um meio de ligação e não de rompimento.

Nos últimos dias tenho tido conversas expressivas e intensas e tento esmerar-me para construir boas pontes.

Mas voltamos às palavras... O que escrever quando não se sabe o que? Meu professor de Fundamentos e metodologia do ensino de língua portuguesa disse em sala que é bom começarmos sempre com um artigo ou com uma frase boba, mas é importante começar. Dizem por ai que o primeiro passo é o mais difícil, talvez.

Quando estávamos para escrever o artigo já citado, minha professora fez um exercício conosco que consistia em escrevermos durante alguns minutos sem parar. Não podíamos deixar a caneta parada. No início saia umas “abobrinhas”, mas com menos de um minuto de escrita, as palavras já se apresentavam mais claras e coerentes com a proposta que contínhamos para tal atividade. Este é um bom exercício.

Onde moram as palavras? Onde moram as palavras não ditas? Gostaria de saber. Considero importante nos expressarmos sobre o que pensamos e sentimos, porém quando não conseguimos fazer isto, onde tudo vai parar? “De onde quer que tudo venha, tudo irá pra onde nada nunca se alcança” (Amargo). Talvez, por vezes, não consigamos mesmo chegar às palavras certas para tentar dizer o que queremos. Incluo-me em tudo isso.

Mas o que é pior... Ter as palavras e não dizer ou não saber as palavras e dizer? O silêncio interrogativo ou o talvez duvidoso?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

E agora Zeca?


Ontem foi um dia especial, que me fez pensar até que ponto eu me sinto motivada em chegar à uma pessoa/ alguma coisa que eu goste. E eu fui. Sai de casa embaixo de um sol escaldante, acho até que se colocasse um tomate na minha testa ele fritaria tranquilamente. Fui até a praia Brava pra ver o Zeca Baleiro. Praia Brava? E não é que fui mesmo. Khell e praia é uma combinação fora do comum. Logo, é perceptível a ideia de que ser tiete não é muito fácil, e não é mesmo.

Conseguir lugar na frente foi uma maratona, mas cheguei lá.
O sol, o número excessivo de pessoas, o pequeno espaço, a areia, enfim, as coisas que me incomodavam passaram longe quando o descontraído subiu no palco. E agora Zeca? Toca aí. E o que eu ouço? As músicas que adoro.

Com um jeito brincalhão e um comportamento livre e leve, Senhor Baleiro mostrou-se empolgado. Presenciei um pouco mais de 1 hora de show com entusiasmo. As músicas eram cantadas fervorosamente, por mim e pelo público. Teve até espanto com a minha alegria. Mas alegria é contagiante. E claro, que bom que posso viver tais momentos.

Por vezes vejo o mundo como uma corrida contra o tempo. As pessoas correm e correm sem saber ao menos pra onde vão. A história de Alice, autoria de Lewis Carroll, é semelhante. Ela corre, corre, atrás de um coelho que vive dizendo: “Oh puxa! Oh puxa! Eu devo estar muito atrasado!”. Entretanto, a personagem dos cabelos claros desconhece o destino para onde aqueles passos estão à levando. E a vida das pessoas se tornou um pouco de Alice. E onde quero chegar com isso? Não quero chegar, porque não creio em paradas eternas, mas a questão é a alegria. Não estou falando em ficarmos parados para rir, mas sim aproveitarmos os bons momentos, e mais ainda, termos bons momentos para serem aproveitados. Estou falando em correr menos para não se sabe onde, e viver mais aquilo que se sabe. Fico contente porque na minha vida estes momentos proveitosos e intensos ainda são vividos. O show do Zeca foi um deles, e saber retirar o máximo de alegria é o que podemos fazer, e foi o que fiz. O relógio da pressa foi quebrado e naquele momento o que eu queria ver e viver, eu estava vendo e vivendo. A vida não parou, mas a correria sim. E é maravilhoso poder sentir os momentos sem a pressa. Apenas se entregar à vida.
As últimas semanas têm se mostrado desta forma... Intensas. Vivi momentos ótimos. Semana passada fui para o Iate Casablanca no Dark Summer Night (Festenhaaa Dark Metal), fui ao show do Dr. Sin (estava óteeemo) e fui ao show da Möngrel. As férias ainda não acabaram e nem minha vida. Muitas e muitas alegrias ainda estão por vir.

Isso me faz lembrar o show do Queensrÿche, pois foi uma das melhores sensações da minha vida. Lembro que minha pilha havia se revoltado contra mim e não conseguia bater as fotos que tanto queria, mas meu companheiro de show olhou pra mim e disse: “Olhe para o palco, curta o momento, pare de se preocupar com a câmera”. E ele fez uma consideração importante. Posso eternizar os momentos na mente, e lembro muito bem do show todinho. E parece que quando nos entregamos, além de tudo ficar mais gostoso, as coisas parecem que fluem melhor. Quando não me preocupei mais com as pilhas, elas voltaram a funcionar. Hoje, além da memória ativa do Queensrÿche na minha frente, também tenho fotos encantadoras e inspiradoras. (Queensrÿche é minha banda preferida).
Ó, já estou falando do Rÿche, mas voltamos para o Zeca...

Os percalços foram muitos, mas não se mostraram farpas comprometedoras. Foram vivências. Pelo menos agora conheço um pouco mais do norte da Ilha, e o melhor, vi e ouvi Zeca Baleiro.
Ver e ouvir as canções ultrapassaram qualquer aborrecimento que havia passado até então. O Senhor Baleiro me cativa. E como Saint Exupéry nos diz: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”

A sensação foi a melhor possível. O Zeca saiu do meu Winamp e estava na minha frente.
Um show que contemplou os grandes sucessos e os novos, porém, algumas das minhas canções preferidas não foram tocadas.

As músicas estavam com uma roupagem diferente, pois a banda não estava completa. A maioria delas apresentava um arranjo mais lento, e não ficou ruim, ficou diferente.

Ganhei balas? Também, mas ganhei muito mais. Ganhei inúmeros doces e também uma palheta branca, o que me deixou feliz!

Sei que parecia uma ET fora da casinha no meio de tantas pessoas praieiras, mas eu estava ali pra ver o show e mais nada. Por isso, me fiz de tonta com os olhares. Eu simplesmente não me considero uma torrada ambulante ou um croquete pra ficar torrando num sol e rolando na areia. Respeito quem goste, mas essa vida não é pra mim. Prefiro uma boa noite fria, uma vestimenta mais aconchegante e envolvente. Prefiro também cuidar mais da pele, afinal, com meus 50 anos eu não vou querer ver os efeitos nocivos do sol. Assim, me cuido desde já. Poupe-me das rugas antecipadas.

E agora Zeca? Estou esperando mais um show, mas, por favor, na praia Brava não!


Segue a letra da música Eu detesto coca light... E eu detesto qualquer tipo de coca. hehehe. Vou ouvir um pouquinho de Dio para a minha alegria.
Namastê!


Eu detesto George Bush desde a guerra do Kwait
Não quero que tu te vás mas se tu queres ir vai-te
Quero adoçar minha sina que viver tá muito diet
Danação é cocaína mesmo quando chamam bright
Gosto de você menina mas detesto coca light
Gosto de sair à noite de tomar um biri night
Jurubeba tubaína Johnny Walker Black White
Me afogo na cangibrina caio no tatibitáti
Tomo cinco ou seis salinas feito fosse chocolate
Engulo até gasolina mas detesto coca light
Fazem da boate igreja da igreja fazem boate
Poem veneno na comida cicuta no abacate
Eu cuido da minha vida não sou boi que vai pra o abate
Podem cortar minha crina podem partir pra o ataque
Podem me esperar na esquina mas detesto coca light
Deus é o juiz do mundo ele apita o nosso embate
Nem Carlos Eugênio Simon nem José Roberto Wright
A partida não termina prorrogação e penálti
A torcida feminina dá o molho ao combate
Aprendo o que a vida ensina mas detesto coca light
Tolerância zero fome zero coca zero
No quartel do mundo eu sou o recruta zero
Quero quero tanta coisa
E só me dão o que não quero

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Achei minha dopamina



Dias atrás estava pensando e me indagando por onde andavam minha dopamina e minha serotonina.

Estava entrando em colisão comigo mesma por tanta calmaria na minha vida. E isso é estranho, já que tudo soava de forma eletrizante, animadora e agitada. Minha vida, até então, vinha se mostrando explosiva, não nas minhas ações, mas nos meus sentimentos. O que vivi, o que vivo, sempre foram intensos demais e encarados de tal forma. Não deixo passar. Agarro com todas as forças, com todos os sentidos. Isso é dopamina em excesso. Isso é deixar-se mover, sacudir-se. E também, a meu ver, era mais que um estado de espírito, era a Khell por Khell. Não estou falando aqui em impulsividade, pois até mesmo nas minhas explosões possui calmaria. Reflexões e cautela, também estiveram e se mantém presentes.

Mas, ainda tenho a capacidade de surpreender-me comigo mesma. E claro, é bom! Quando dei-me conta, a calmaria que existia dentro das explosões estava sobressaindo todos os choques. Tudo ficou azul. Um céu azul. Um mar azul. E o mergulho foi dado. Um mergulho dentro da Khell. Reconheci e até conheci certos caminhos, certas vontades. E a calmaria se fez calmaria. E o mundo se apresentou de forma branda. Uma balança convincente.

Dopamina e serotonina juntas. Um fato curioso, já que uma sempre se destacou da outra. Entretanto, sentia falta da dopamina. Por ande andava? Sempre foi meu impulso, meu combustível maior. Tenho um fator motivador chamado paixão. Não me refiro aqui apenas às pessoas, mas à tudo. Sou uma eterna apaixonada e me deixo levar por esse sentimento. Apaixono-me por lugares, músicas, animais, livros, enfim, pelos elementos que compõem este mundo.

Quando me encontrei naquela calmaria toda, intriguei-me. Mas compreendi que aquele era o momento de aprender, de absorver as lições e aproveitar tudo que deveria. Respirar o ar da suavidade, olhar com os olhos calmos. Porém, ainda queria minha dopamina, ela é minha inspiração. Sem ela, como poderia me defrontar comigo mesma? Eis que ela surge! E melhor ainda, surge ao lado da calmaria. Explodi com leveza, com harmonia e até mesmo com certa lentidão.

Quando percebi, a música já havia se apropriado de mim, me tomado. Apaixonei-me. E apesar de apaixonada, mantenho-me no estado de tranqüilidade. Mantenho os pensamentos livres e leves.

Minha paixão? Baba Hanuman - Krishna Das.
Encontrei mais um pedaço de mim, mais uma parte. Encontrei e tomei mais um pouco da bebida da felicidade e da alegria.


Mas a vida é oscilação. Que venham as próximas aventuras. A fase atual me deixa profundamente encorajada e segura para os novos trilhos.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Hey, Mr Banker



Enquanto a espinha aguentar, enquanto a guitarra soar, Rock’n Blues vai me fazer respirar.

Acho engraçado quando as pessoas me perguntam: “Vc é metaleira? Roqueira?” O que poderei responder? Sou isso e muito mais.
Não vivo sem meu Rock and Roll, meus metais, mas não me resumo apenas à estes dois estilos. Nem poderia, talvez. Mente aberta, e isso se prolonga para os ouvidos. Aprendi a ser musicista aberta, pronta pra ouvir tudo que dizem ser música. Mas veja, que “dizem” ser, pois entre o dizer e o ser, existe um longo caminho. Algumas coisinhas que tocam por aí, realmente nem chego a considerar uma construção musical de verdade. Quem sabe uma tentativa...

Adoro contemplar o que possui consistência musical, por isso, não consigo dizer que sou alguma coisa, porque sou um pouco de cada coisa, sou tudo de muitas coisas. Eu sou do Rock, do Blues (muitoooo blues), do Metal, das Clássicas, das Óperas, da New Age, das músicas indianas, da Celta, da MPB, da Bossa, do Jazz e de outras coisas mais.

Projetos musicais. No presente e futuro. Acho que vai...

Nos últimos dias tenho ouvido muito Lynyrd Skynyd. Aquele mix maravilhoso de Rock e Blues que me faz arrepiar. Isso me faz lembrar a primeira vez que vi o Lyra. Com a camisa do Lynyrd, todo sorridente. Já se passaram quantos anos? Quatro, cinco... Amizade de longa data.

Red, White And Blue
Lynyrd Skynyrd

We don't have no plastic L.A.
Friends,ain't on the edge of no popular trend.
Ain't never seen the inside of that magazine
GQ.We don't care if you 're a lawyer,
or a texas oil man,
or some waitress busting ass in some liquor stand.
If you got Soul
We hang out with people just like you


My hair's turning white,
my neck's always been red,
my collar's still blue,
we've always been herejust trying to sing the truth to you.
Yes you could saywe've always been,
Red, White, and Blue

Ride our own bikes To Sturgis
we pay our own dues,
smoking camels, drinking domestic
BREWSYou want to know where
I have beenjust look at my hands
Yeah, I've driven by the White House,
Spent some time in jail.
Momma cried but she still wouldn't pay my bail.
I ain't been no angel,
But even God, he understands.

My hair's turning white,
my neck's always been red,
my collar's still blue,
we've always been here
just trying to sing the truth to you.
Yes you could saywe've always been,
Red, White, and Blue


Yeah that's right!

My Daddy worked hard, and so have I,
paid our taxes and gave our lives
to serve this great country
so what are they complaining about

Yeah we love our families, we love our kids
you know it is love that makes us all so rich
That's where were at,
If they don't like it they can justget the HELL out!

Yeah!

My hair's turning white,
my neck's always been red,
my collar's still blue,
we've always been here
just trying to sing the truth to you.
Yes you could saywe've always been,
Red, White, and Blue
oh..oh..Red, White, and Blue....

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Conversas mágicas

Considero intrigante e admirável o modo como certas conversas nos embalam e nos iluminam. Não estou aqui levando em consideração a idéia de nos tornarmos seres iluminados, mas sim, me refiro a luz que reflete e que possa vir a tornar o escuro, ou a pequena névoa, um pouco mais claro.

Certos diálogos, que são realmente diálogos, nos fazem ir além da margem que nos colocamos. “Posso ir até ali, ou, consigo ir somente até tal ponto, no mais quem sabe, sou incapaz”. Mas quando há disposição e floreios na mente, o limite se torna vulnerável e os caminhos nos levam aos trilhos das moradas distantes. Os pensamentos pedem a carta de alforria, e passam a encontrar na disponibilidade do outro, a brecha amiga e companheira. Encontram as mãos, a inquietação e a cumplicidade do outro que empenha e fornece sua atenção e pensamentos.
Assim, o que sinto em relação a determinadas conversas, que gosto de intitular “mágicas”, é uma profunda intimidade com o passo a ser dado. Pois, é perceptível a encantadora e cativante presença da segurança e da consistência naquilo que está sendo interado. Se certas palavras são ditas é porque naquele momento e partindo daquela pessoa, pude perceber e sentir o passo firme em pisar nas terras do companheirismo sem julgamento ou ‘achismo’ acerca do que venha a ser certo ou errado. Ou seja, sem dedos apontados em direção aos meus olhos. Neste caso, lembro-me de Goethe quando diz que: "Diz-se da melhor companhia: a sua conversa é instrutiva, o seu silêncio, formativo."
É como o mágico da conversa me disse: “Mergulhamos em nós mesmos através do outro.”
Quando me encontro em direção a mais uma superação, consigo abrir as janelas e portas das moradas de ferros e deixar a corrente de ar encanar novos tons e novos sabores. Para isso, é preciso considerar mais do que a força da natureza no aspecto eólico, mas também a inclinação interna e impulso para que as aberturas aconteçam de forma coerente. Pois, caso abrirmos demasiadamente, o vendaval pode acarretar embaraçosas quedas, já que ventos intensos e constantes podem levar mais do que gostaríamos que levassem. Mas, caso não abrirmos o suficiente para o ar se renovar, podemos contar apenas com o mesmo ar, e pobre daquele que não se apropria da oportunidade de inovar.
Mergulhar em mares em que não conhecemos pode parecer ousadia, mas mais do que isso, é um ato de coragem. Não me vejo como um ser repleto de valentia, mas quando há firmeza, não hesito e não titubeio em expor o que habita as moradias dos devaneios.
Há conversas que extrapolam as palavras e tomam as barcas da intensidade da compreensão das expressões. E nesta ultrapassagem realizada na maré cheia, é altamente favorável navegarmos nas embarcações do cuidado em ouvir e cuidado em dizer. Pois, as palavras não são meras letras unidas, possuem além do rigor de seus significados, um adicional, o peso. E não considero este peso uma brisa suave e calma, mas também não o considero uma âncora ou um fardo. Talvez seja uma vela, já que sendo um material sólido há um determinado peso, porém auxilia na locomoção do barco.
Ora, ora. O que seria de mim sem uma vela? O que seria de mim sem uma navegação aberta? Assim, posso sentir os raios mais dolorosos e ardidos do sol, como também posso ver com toda a nitidez o brilho da lua. Posso sentir cada gota da chuva, e posso assistir ao filme dos raios e trovões no céu, ora cinza, ora azul.
Ah, o que seria de mim sem uma vela? A corrente de ar passaria, e meu barco continuaria no mar sem uma ferramenta de encontro que me levasse a seguir em frente, ou para o lado.
O que seria de mim sem as indagações críticas? Talvez mais uma ‘cri cri’ sobre o mundo, nas não sobre minha própria pessoa.
O que seria de mim sem o mundo mágico do diálogo? Talvez mais um truque fugaz na expectativa de concluir a ilusão da cartola. Quem sabe um puro monólogo funesto e intragável.
Certamente, recuso o pedestal. Quero um bom banco, uma boa conversa, um bom mágico e um bom andamento na caminhada mundana, seja neste mundo ou em outro.
Quero sim um chão inquieto, porém seguro. Quero uma maré cheia sem ondas desastrosas. Quero um barco a vela. Quero os ventos e brisas, pois estes nos impulsionam, entretanto, me recuso a enfrentar os ciclones e furacões, pois estes (ah estes!) tomam mais do que meus simples pensamentos, bebem a minha impaciente paciência.
Acabo aqui com Sêneca: "Conversa com aqueles que possam fazer-te melhor do que és."
Assim tenho feito.

Lembranças de um futuro.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Dom

Sou do tipo de pessoa que ouve várias vezes a mesma música. Leio e releio as letras, tento compreender o máximo que posso, e busco perceber atentamente e delicadamente o que ela me traz no momento. Cada vez que ouço e leio um poema musical o tenho de forma diferente. É como a frase de Heráclito “Ninguém se banha no rio duas vezes porque tudo muda no rio e em quem se banha." Assim é a música, assim são as palavras alinhadas.
Há uma música chamada “Dom Quixote” composta por Humberto Gessinger, que faz parte do meu repertório oficial e amável. Integra aquela lista que pela manhã, ao acordar, tenho gosto em ouvir. Mas, minha querida “Dom” nunca fez tanto sentido como hoje, como esta noite... Intensamente abarrotada de sentimentos.

Dom Quixote

Muito prazer, meu nome é otário
Vindo de outros tempos mas sempre no horário
peixe fora d'água, borboletas no aquário
Muito prazer, meu nome é otário
na ponta dos cascos e fora do páreo
puro sangue, puxando carroça
Um prazer cada vez mais raro
aerodinâmica num tanque de guerra,
vaidades que a terra um dia há de comer.
"Ás" de Espadas fora do baralho
grandes negócios, pequeno empresário.
Muito prazer me chamam de otário
por amor às causas perdidas.
Tudo bem, até pode ser
que os dragões sejam moinhos de vento
Tudo bem, seja o que for
seja por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas
tudo bem...até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
muito prazer...ao seu dispor
Se for por amor às causas perdidas
por amor às causas perdidas

Comentando...

As borboletas estão no aquário, mas não deveriam estar no estômago? Aquela sensação, por vezes gostosa, de que elas estão dando piruetas e bailados dentro de nós? Cadê as borboletas? No aquário mesmo?
Causas perdidas... Quero boas causas e por elas vou até o fim. Vou sem medo e com as armas da verdade. Não é uma guerra, é uma causa em que se aplica a não violência. Não pretendo ferir e nem ser ferida, pois não sou uma fera. As feras abocanham sem dó suas presas, e eu diferentemente, tento me colocar intensamente ao lado do outro sem amedrontá-lo e com sentidos atentos, pois não são presas, são parceiros. As causas abarcam mais do que boas ações, integram os bons desejos e as boas vontades.

Namastê!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

2009?

Um brinde!
Brinde que me lembra Quintana.

"Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça." Mário Quintana

Doce ilusão. De um segundo para outro transborda um novo ano, e como dizem por ai "Ano Novo, vida nova". As mudanças se dão em um simples piscar de olhos? Quem dera... É apenas uma noite que continua noite de um dia. Por isso, vivo meus dias sem limitá-los, sendo que o que os diferenciam é a luz solar, que ora está pedindo atenção, ora se ausenta e deixa o brilho na lua.
Um brinde aos dias que estão por vir, não apenas os que convencionalmente são de 2009, mas todos que irão fazer parte deste caminho turbulento e delicioso que é a vida!


 
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