Silent Lucidity: Natal

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Natal

O natal está batendo na porta e aos gritos, dizendo ”Estou aqui, estou aqui! Comprem, suguem e gastem.” E claro, a lógica é seguida a rigor. Enquanto para uns o natal chega cada ano mais cedo, pra mim ele chegou tarde, e que bom! Ainda não consigo aspirar certamente a idéia (que em 2009 já estará sem acento- ideia) de que 2008 está chegando ao fim, juntamente com ele meu aniversário.
Ok. Mas e o natal? Uma data aparentemente tão bonita, em que as pessoas se apresentam dispostas à solidariedade e valorização do amor e da vida, afinal, comemora-se o nascimento de um grande mestre (que segundo a história nasceu em março oO). Contudo, a celebração da vida, ao meu ver, celebra-se com vida, mas vejamos: a ceia. Qual o prato principal? Um peru (ó, sem peru nem parece ceia ¬¬). Este animal é submetido a viver em condições desprezíveis para que no fim do ano possa servir os desejos banais dos humanos. É criado amontoado com outros perus, em pequenos espaços que dificulta a abertura de suas asas e até mesmo seu caminhar. Vivem sobre seus excrementos e urina que produzem amônia (quando respirada repentinamente, produz lacrimação; e, quando inalada em grandes quantidades, pode produzir sufocação).
Quando levadas ao abatedouro, as aves são presas pelos pés a um transportador aéreo e o atordoamento é feito pela aplicação de um choque elétrico na região da cabeça. Após, são levadas para a sangria, realizada através do seccionamento da veia jugular. Passam pelo tanque de escaldagem onde são imersas em um tanque de água quente na primeira etapa de lavagem para remover impurezas e o sangue para facilitar a retirada das penas. A depenagem é realizada por ação mecânica e máquinas próprias, acompanhadas de lavagem através de chuveiros. Os perus são transferidos para outro transportador, onde são pendurados pela cabeça, e passam por processo de escaldagem dos pés.
Animais que sofrem, sentem dor, possuem emoções e sentimentos. É isso que chamam de celebrar a vida? Celebrar a vida com a morte? Com um cadáver de um ser que se quer teve a chance de viver sua vida de forma natural? Um ser que dentro na esfera moral também possui o direito de viver? Isso é celebração?Definitivamente, não.
Celebro a vida com a vida, portanto, neste natal não coma o presépio.




Segue abaixo um texto de autor desconhecido que exprime bem o momento e as idéias.

Neste Natal, saia da rotina


Observe o presépio: tem vaca, cabrito, cordeiro... Todos observando o Menino Jesus. Agora pense na maneira como os Reis Magos celebraram a chegada do Deus Menino. Seus presentes foram ouro, incenso e mirra. Em nenhum momento, os magos, José ou Maria sugeriram assar um peru ou um pernil para comemorar.


E nada está mais distante do sentimento cristão do que os cardápios natalinos. As pessoas se esquecem de que os primeiros adoradores de Jesus foram justamente os animais, e aquiescem na matança desenfreada que ocorre nesta época do ano. Quintuplica-se o abate de perus e outras aves; porcos, cabritos e carneiros também são mortos em proporções absurdas.


As pessoas desejam "paz" em suas mensagens natalinas, mas celebram o nascimento do Menino Jesus com os cadáveres de criaturas inocentes! Esquecem-se talvez dos imensos danos que a indústria da carne acarreta ao meio ambiente ou não consideram válido o argumento de que a carne em suas mesas significa a fome de milhões de pessoas*. Pedem "saúde" no Novo Ano, enquanto abusam de gordura animal. Aos poucos, esta acaba por entupir suas veias e artérias, afetar o seu fígado bem como o equilíbrio de seus corpos e mentes.


* 50% dos grãos produzidos no mundo destinam-se ao fabrico de ração para os animais de engorda. Se esses mesmos grãos fossem utilizados diretamente na alimentação humana, simplesmente não haveria fome no mundo!

1 comentários:

Yadunatha disse...

Feliz aniversário!!!
Muito bom o que você escreveu sobre o natal, e dos animais.
Que você tenha um bom 2009.

Fique com Deus.

 
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